O ministro da Justiça do governo paralelo líbio com sede em Trípoli foi nesta segunda-feira a uma prisão da capital para se reunir com alguns detentos, entre os quais um filho do ex-ditador Muamar Kadhafi, Sadi, depois de especulações sobre maus-tratos.

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Esta visita do ministro Mustafa al Kulayb aconteceu depois que a ONG Human Rights Watch (HRW) pediu na semana passada a abertura de uma investigação após a difusão em redes sociais de um vídeo mostrando uma sessão de tortura contra Sadi Kadhafi na prisão de Al Hadba.

O ministro negou que a situação seja como a descrita, mas admitiu alguns “incidentes isolados de maus-tratos”.

O presídio de Al Hadba está controlado por Fajr Libya, uma coalizão de milícias que tomou o controle de Trípoli em agosto 2014 e instaurou um governo e um parlamento que não são reconhecidos pela comunidade internacional.

Depois da queda de Khadafi, em 2011, depois de uma revolta popular, o país caiu em profundo caos, com dois governos e parlamentos adversários, e confrontos violentos entre grupos armados de ambas facções que tentam controlar por completo o poder e a riqueza petroleira do país.

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Sadi Khadafi é acusado de suposto envolvimento na repressão violenta da rebelião de 2011. Também é acusado do assassinato em 2005 de um ex-técnico de Al Itihad, clube de futebol de Trípoli.

Dos sete filhos de Kadhafi, três foram mortos durante a revolução. Seu pai foi capturado e executado pelos rebeldes em 2011.

Seif al Islam, o mais conhecido, foi condenado à morte em julho por um tribunal de Trípoli.

* AFP