O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, exigiu nesta segunda-feira que se mantenha o poder militar fora da polêmica gerada pela decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de suspender a eleição de três deputados opositores.
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“Não corresponde à FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) elucidar e muito menos arbitrar decisões do TSJ”, escreveu Padrino no Twitter.
O TSJ suspendeu temporariamente a diplomação de três deputados da Mesa da Unidade Democrática (MUD) eleitos pelo estado do Amazonas (sul), o que poderá impedir sua posse nesta terça-feira, ameaçando a maioria qualificada de dois terços (112 de 167 cadeiras) da oposição.
Padrino afirmou que “setores políticos” pretendem vincular o poder militar venezuelano “no que não lhe corresponde”.
“A FANB não é um órgão para subverter a ordem constitucional e nem para ignorar a institucionalidade democrática, muito menos para dar golpes de estado”.
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O deputado opositor Henry Ramos Allup, que presidirá o Parlamento, disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva que confia na Força Armada para garantir a ordem na instalação da Assembleia Nacional.
Ramos Allup disse ainda que “nenhuma sentença do TSJ pode suspender uma totalização que já se produziu”, ratificando a decisão da MUD de desafiar o TSJ e dar posse aos 112 deputados opositores.
vo/lr