Em solenidade na Prefeitura de Joinville, a ministra representou o governo federal na assinatura da ordem de serviço no valor de R$ 49,6 milhões para a nova estação de tratamento de esgoto (ETE) do Jarivatuba. Os recursos vêm a fundo perdido – sem necessidade de reembolso – via Ministério das Cidades dentro do PAC 2.
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Além disso, foram garantidos outros R$ 4,2 milhões para a colocação de 18 mil assentos na Arena Joinville. Diante das verbas liberadas pelo governo federal e da promessa de que, em breve, deverão vir mais R$ 100 milhões para a implantação de corredores de ônibus e R$ 72 milhões para ampliação da rede coletora e de tratamento de esgoto por meio de recursos do PAC das Cidades Médias, o prefeito Udo Döhler (PMDB) fez elogios ao relacionamento entre a Presidência e o município.
Mais cedo, Ideli fez uma vistoria das obras no campus da UFSC. Acompanhada pelo reitor Luís Fernando Calil, a ministra pediu mais detalhes sobre os entraves do empreendimento e recebeu cobranças sobre a liberação de recursos para a construção do acesso ao local.
“Não tem freio puxado no governo”
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AN – Com a inflação alta e o PIB de baixo crescimento, o governo se sente confortável com o atual cenário econômico no Brasil?
Ideli – A inflação está sob controle e agimos para manter a inflação sob controle. Há determinadas situações que fogem da nossa governabilidade, que você precisa monitorar e atuar diariamente. Por exemplo: os EUA inundaram de dólares e depois recolheram os dólares. Isso não está na nossa política, mas temos que monitorar.
O trabalho é permanente e sempre tem como parâmetros o controle da inflação, em termos condições de investimentos de todos os entes da administração, e nos comparativos que temos com outro país tem algo que não abrimos a mão é que nosso desenvolvimento seja sustentado e leve em conta as políticas de desenvolvimento de renda.
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Este é o nosso diferencial. Pode até ter país que está crescendo mais, mas ele distribui muito menos. Nós não abrimos mão com relação a emprego. Nós não trocamos o emprego da população por um indicador macroeconômico melhor.
AN – Mas há a intenção do governo de cortar investimentos?
Ideli – Da parte do governo, não tem freio puxado e nem paralisia. Muito pelo contrário, todas as iniciativas são voltadas para que as coisas fluam e os investimentos sejam feitos pelo governo. A lógica da presidenta é a pressão para ir em frente.
A Notícia – O PT catarinense está passando por um processo de eleição para a presidência do partido. Quem a senhora apoia? E a senhora, pretende concorrer a que nas próximas eleições?
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Ideli – A nossa chapa não tem candidatura a presidente. Então, vamos apoiar, em sua grande maioria, a candidatura do Paulo Eccel (prefeito de Brusque). Somos o único partido que faz eleição direta para presidente, o que acaba criando uma grande agitação interna dentro do partido. E isso é bom, de tempos em tempos, acordar o pessoal. Quanto a cargo, o único que tenho certeza é o permanente de avó de dois netos, se o marido não me demitir do cargo de esposa. O resto depende bastante do que vai acontecer no futuro.
“Meu único cargo permanente é ser avó”
AN – O PT vai ter candidatura ao governo do Estado?
Ideli – Acompanho isso por cima. Em primeiro lugar, defendo dentro do PT, e temos colocado de forma clara, que nosso principal projeto para as eleições de 2014 é a reeleição da presidente Dilma. Obviamente, temos o desejo legítimo de vir governar o Estado. Mas nós colocamos de forma clara que a prioridade é o projeto nacional.
Aqui em SC, a vida partidária está complexa. O PMDB vem de um debate interno que não foi tranquilo. Por mais que tenha mantido o atual comando, não foi nada tranquilo. O PP da mesma forma, passa por um momento inquieto, com mandato-tampão. E se você vir a manifestação do PP, ele conversa conosco, conversa com o PSDB, conversa com o PSD. Eu só não vejo eles conversarem com o PMDB, por causa da rixa histórica. Até porque é histórico, mas eles estão trabalhando com várias hipóteses. O PSDB teve uma rixa interna e a própria candidatura do Paulo Bauer não é algo definitivo.
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AN – Como a senhora avalia o governo Raimundo Colombo?
Ideli – Não fazemos parte de seu governo enquanto PT aqui do Estado. Agora, a relação do governador com o Planalto tem sido extremamente positiva. E os recursos que foram viabilizados para que o governo do Estado pudesse tocar as obras para o Pacto mostram isso.
Já vieram R$ 3 bilhões e vêm outros recursos que vão alcançar R$ 9,6 bilhões em várias áreas. Esses recursos federais vão na lógica de enfrentamento com a crise, que a Dilma possui um pensamento claro de incentivar e propiciar investimento público a ser alavancado.
AN – E com relação à manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, a senhora concorda com a decisão da Câmara dos Deputados?
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Ideli – Eu não comento isso. Até porque eu lido cotidianamente com o Congresso Nacional. Se tem algo que eu não vou comentar é essa decisão.
AN – E sobre a filiação do secretário Paulo Bornhausen ao PSB?
Ideli – Também não tecerei comentários sobre os Bornhausens socialistas.