A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira que pretende deixar o cargo em janeiro para poder decidir seu futuro político. A ministra é cotada para se candidatar ao governo do Paraná, concorrendo, neste caso, com o atual governador, Beto Richa, do PSDB. Segundo ela, no entanto, a decisão ainda não está tomada.

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– A decisão de concorrer ao governo vai ser tomada no ano que vem, após minha saída da Casa Civil. Não tem uma decisão tomada ainda – disse durante café com jornalistas, no Palácio do Planalto.

– É uma avaliação política que eu não quero misturar enquanto estou exercendo a função aqui. Gosto de separar as coisas – comentou.

Gleisi disse que, para evitar que a decisão da provável candidatura coincida com o exercício do cargo, solicitou à presidente Dilma Rousseff afastamento e está aguardando resposta. A ministra disse ainda que, quando a data de sua saída for decidida, ela vai colaborar na transição das funções para o substituto.

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– Eu, particularmente, prefiro sair em janeiro e a presidente também tinha essa data como referência – indicou. A ministra deve tirar férias entre 13 e 23 de janeiro.

Durante conversa com jornalistas, a ministra falou sobre o sucesso de ações do governo em relação às concessões de rodovias, ao Programa Mais Médicos e ao diálogo com a população, durante as manifestações de junho. Como ministra, Gleisi disse que gostaria de deixar o governo com licitações de ferrovias e portos realizadas, o que não aconteceu.

Gleisi disse que o ano foi de muitos desafios para o governo e para o Brasil, com uma crise econômica que afetou não só o País, mas também seus principais parceiros comerciais. Ela acredita, no entanto, que o País conseguiu dar respostas efetivas a esses desafios com investimentos e atração de mais parceiros.

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– Conseguimos fechar o ano com bom balanço na nossa empregabilidade, com o menor índice de desemprego da nossa história. Ampliamos créditos e programas para nossa agricultura e mantivemos e ampliamos nossos programas sociais – disse a ministra.

Em relação às manifestações de junho pela melhoria dos serviços públicos – como transporte nas grandes cidades, a ministra disse que Dilma exercitou a coragem e apresentou resposta consistente para responder aos pleitos da população.

– A presidente exercitou a coragem ao fazer um diálogo franco, aberto com a população, com as manifestações, e os pactos que ela apresentou vão responder às reivindicações – disse.

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Sobre um dos programas mais polêmicos criados em resposta às manifestações, para ampliar o atendimento de saúde básica no interior do País e periferia das grandes cidades, Gleisi disse que o Mais Médicos é uma resposta imediata a um problema grave.

– Não é a resposta de todos os nossos problemas e nem é a resposta mais estruturante, mas é uma resposta consistente e imediata a um problema grande que é a falta de profissional para atender a população – argumenta.