A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, participou na tarde desta terça-feira da inauguração da duplicação do frigorífico da Aurora em Chapecó, que se tornar o maior frigorífico de suínos do Brasil, com 10 mil animais abatidos por dia. O investimento é de R$ 268 milhões e vai gerar 2.480 empregos.
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Questionada sobre a questão dos agrotóxicos, onde o Governo Federal liberou 325 novos produtos neste ano enquanto o governador retirou a isenção destes produtos no Estado, ela afirmou que pretende conversar com o governador Carlos Moisés da Silva. A ministra só não conversou com o governador pois quem esteve em Chapecó representando-o foi a vice-governadora Daniela Reinher.
– Espero até conversar com o governador sobre isso.Não existe. Nós temos que ter consciência de que nós moramos num país tropical, nos temos leis muito rígidas, nós exportamos para o mundo todo, acho que vale a pena uma conversa com o governador. Não é possível que um estado como Santa Catarina prejudicar a produção de seu estado e do Brasil. Está faltando diálogo. Me coloco à disposição para sentar, conversar, ponderar, mostrar os pontos positivos. Agora a decisão é política, a técnica eu tenho certeza que tenho como convencê-lo. E vocês produtores rurais aqui também. Agora a decisão política eu acho que vale uma conversa. Governador é um homem de bom sendo, sei que ele é um gestor. Está faltando um pouco de diálogo – afirmou.
A ministra afirmou que há uma questão de mau entendimento sobre os agrotóxicos, pois uma liberação de mais produtos não quer dizer uso maior de produtos e sim a quebra de patentes de muitos produtos. Ela afirmou que não é verdade que o país está envenenando alimentos.
– Existe uma parte da população que compra ideias fáceis. Imagine se o Brasil estivesse envenenando as coisas estaria exportando para 200 países? – questionou.
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Ela afirmou que o Brasil tem coisas erradas mas que tem muita coisa boa e que o agronegócio é um exemplo disso. Afirmou que o Brasil tem um papel importante de segurança alimentar no mundo. Ela citou o exemplo da Aurora e do sistema cooperativo como algo muito positivo.
Em resposta a uma solicitação do presidente da Aurora, Mário Lanznaster, a apoiar o projeto da Ferrovia do Milho, que seria ampliação da ferrovia Norte-Sul de Panorama-SP até Rio Grande-RS, para trazer milho mais barato para Santa Catarina, disse que vai apoiar o pleito. Afirmou que vai conversar com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, sobre essa demanda.
Santa Catarina tem um déficit próximo de quatro milhões de toneladas de milho. Para isso precisa buscar mais de 100 mil carretas por ano em outros estados e até em outros países.
Lanznaster disse que essa demanda pode chegar a 130 mil carretas com as ampliações. Somente a Aurora tem 1,35 milhão de suínos no campo, a maioria em Santa Catarina.
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Em Chapecó a ministra também falou que Santa Catarina é exemplo de sanidade, pois somente nesta terça-feira ela assinou uma normativa para retirada da vacinação contra a aftosa no Paraná, o que Santa Catarina já fez em 2000.
Ela também assinou um termo de cooperação técnica com o presidente da Organização das Cooperativa dos Brasil, Márcio de Freitas, para implementar medidas de intercooperação e melhoria da assistência técnica.