Após uma semana de negociações para tentar encerrar a controvérsia sobre a suspensão das licenças automáticas para a venda de automóveis e autopeças entre o Brasil e a Argentina, a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, disse ontem estar otimista com o avanço das articulações.
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Por meio de assessores, ela afirmou que há boa vontade de ambas as partes para obter um acordo. Os assessores informaram ainda que a expectativa do governo argentino é garantir um acordo que assegure o fluxo de comércio.
Apenas no ano passado, as relações comerciais entre a Argentina e o Brasil registraram US$ 32,9 bilhões, sendo que há um superávit – em favor do Brasil – de US$ 4 bilhões.
O governo argentino espera um acordo que leve ao desbloqueio do comércio por causa da suspensão das licenças automáticas do setor automotivo. Também estão sendo negociados outros produtos, como azeite, vinho e lácteos.
Ontem o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rebateu a possibilidade de o impasse com a Argentina atingir as relações diplomáticas. Segundo ele, o que ocorre no campo comercial é natural.
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Nos último dias, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, decidiram que representantes dos dois países farão reuniões mensais para discutir a questão das barreiras comerciais impostas pelos dois lados.