O Ministério Público Estadual vai recorrer nos próximos dias da decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) que determinou a soltura dos quatro réus envolvidos no incêndio da boate Kiss.
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A procuradora de Justiça Angela Salton Rotunno informou, na noite desta quarta-feira, que aguardará apenas a publicação do acórdão com a conclusão do TJ para solicitar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que os dois sócios da boate, o produtor da banda e o vocalista sejam novamente presos.
Conforme o promotor de Justiça de Santa Maria Joel Oliveira Dutra, os passaportes existentes já haviam sido recolhidos durante o inquérito e permanecem retidos. Além disso, como é procedimento de praxe em casos desse tipo, os réus devem comunicar à Justiça qualquer viagem ou alteração de endereço. Mesmo assim, Dutra teme que os réus fujam durante o período em que estiverem em liberdade.
– Estamos a 200 quilômetros da fronteira. Sabemos que, se alguém quiser, consegue sair do país de alguma maneira – sustenta o promotor.
O advogado do empresário Kiko, Jader Marques, garantiu que seu cliente irá informar à Justiça qualquer deslocamento. Ele disse que não daria informações sobre o paradeiro de Kiko após a liberação a fim de preservar a sua segurança. Gilberto Weber, advogado do produtor da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, informou nesta quarta à noite que não sabia para onde seu cliente iria depois de ser solto.
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O defensor do empresário Mauro Hoffmann, Mário Cipriani, comunicou que a decisão de permanecer ou não em Santa Maria seria tomada em conjunto com a família e comunicada à Justiça. O advogado do vocalista Marcelo de Jesus dos Santos, Omar Obregon, não foi localizado.
