A quinta-feira promete ser agitada e polêmica aqui no Rio. O Ministério Público do Rio tenta impedir a licitação para que a iniciativa privada explore o complexo do Maracanã – entre as irregularidades, o órgão aponta favorecimento a uma empresa de Eike Batista.
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Depois de gastar R$ 1 bilhão para reconstruir o estádio, o governo fluminense montou uma licitação cercada de dúvidas para concedê-lo à iniciativa privada. O MP quer suspender o processo licitatório por não ver necessidade de demolição do parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros, que ficam no complexo – a demolição aconteceria para a construção de um shopping e de estacionamentos. Além disso, não há explicação de como serão investidos os R$ 594.162.148,71 que a concessionária desembolsará nas obras do entorno.
Na entrevista coletiva desta quarta-feira, o promotor de Justiça Titular da 8° Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, Eduardo Santos de Carvalho, disse que a IMX Holding AS, de propriedade do empresário Eike Batista, está sendo claramente favorecida, já que há uma enorme desigualdade de informações em relação à concorrência.
– Analisamos o material e todas as informações pertinentes para que um licitante possa fazer uma proposta foram produzidas pela IMX. Temos uma situação clara de desigualdade entre os licitantes – afirmou.
Ou seja, o principal estádio da Copa está cercado de dúvidas. Com a liminar, ainda não se sabe se o anúncio será feito nesta quinta. Se for, o MP não vai desistir, vai buscar a nulidade do contrato assinado com a empresa vencedora. De qualquer maneira, o governo do Estado do Rio só pretende entregar o Maracanã para a iniciativa privada após a Copa das Confederações.
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A partir de julho, o estádio deve receber os jogos do Flamengo e do Fluminense pelos próximos 35 anos. Além, é claro, da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016.