O Ministério Público vai recorrer da decisão do juiz da 2ª Vara Cível, Osmar Tomazoni, que autorizou a Teka a vender o prédio onde funciona o parque têxtil e a sede administrativa na cidade, no Bairro Itoupava Norte, em Blumenau.
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A promotora da 5ª Promotoria de Justiça, Monika Pabst, vai pedir ainda ao Tribunal de Justiça a tutela antecipada, que pretende suspender a autorização enquanto o processo não é julgado. Em novembro do ano passado, a empresa teve o pedido de recuperação judicial autorizado, e desde então vem buscando soluções para sanar as dívidas.
A promotoria considera temerosa a maneira como é proposta a venda. O pedido de negociação foi feito pela própria Teka, que venderia por R$ 69,3 milhões a sede ao Grupo Savoy, empresa de São Paulo que administra imóveis e empreendimentos de grande porte, mas continuaria a ocupar a propriedade pagando aluguel por um período pré-determinado de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais 10 anos.
Empresa conta com venda para reequilíbrio financeiro
O processo com a decisão do juiz, publicada na terça-feira, ainda não chegou à promotoria. O prazo para o MP interpor recurso começa a valer a partir do dia em que chegar às mãos da promotora, que terá 20 dias para apresentar as argumentações.
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A Teka não se pronunciou sobre o assunto. Na terça-feira, a empresa emitiu um comunicado divulgando a decisão da Justiça e declarando que a negociação possibilitaria, em breve, o restabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro da companhia.
Do total, R$ 22 milhões seriam destinados ao Badesc, credor hipotecário, outros R$ 8 milhões para dívidas trabalhistas e R$ 4,2 milhões pela comissão de venda do imóvel. O restante, R$ 35,1 milhões, seria para capital de giro.