O Ministério Público de Santa Catarina pediu nesta sexta-feira a internação provisória do adolescente de 15 anos que agrediu a professora de Língua Portuguesa, Marcia de Lourdes Friggi em uma escola de Indaial.
Continua depois da publicidade
De acordo com informações da promotora de Justiça Patrícia Dagostin Tramontin o pedido foi apresentado hoje à Vara da Infância e Adolescência de Indaial. Há expectativa de que a resposta seja divulgada ainda hoje. A promotora também apresentou à Justiça a representação contra o jovem pelo ato infracional de injúria e lesão corporal.
– O ato é grave, foi praticado com violência, no âmbito da escola e contra a professora, mas o que mais reforça esse pedido é que o adolescente vem num histórico de reiteração de atos infracionais. São episódios que já foram apurados, ele já recebeu prestação de serviço comunitário, já cumpriu e nada tem surtido efeito. Então o Ministério Público entende como adequado agora, diante desse histórico, que ele seja internado – afirmou Tramontin.
A internação provisória está prevista no artigo 108 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tem prazo de 45 dias, tempo em que o processo deve ser concluído. Se a apuração na Justiça se estender além deste prazo, o garoto deve ser liberado.
No final da manhã desta sexta o garoto compareceu a uma audiência de apresentação ao Ministério Público no Fórum de Indaial. Ele estava acompanhado pela mãe e pelo advogado de Defesa, Diego Valgas, e, segundo a promotora, não quis se manifestar durante o encontro e disse apenas que confirmava as informações que já tinha prestado na delegacia.
Continua depois da publicidade
O advogado do adolescente informou que a audiência durou cerca de 30 minutos e ficou dentro da expectativa da família. Destacou que o jovem confirmou a versão que já havia apresentado a polícia – de que teria agredido a professora para defender a mãe. Segundo Valgas a promotora também conversou com a mãe do garoto e quis saber sobre o comportamento dele nos últimos meses. O defensor voltou a destacar que o jovem está arrependido pelo que fez e reiterou o histórico de violência doméstica sofrida pelo adolescente que, de acordo com ele, gostaria de voltar a estudar:
– Mas ele tem medo de sair de casa, está recebendo ameaças anônimas e via Facebook, ameaças de morte, de fogo na casa deles. O que ele diz é que pretende terminar os estudos e fazer faculdade.