O Ministério Público Federal de São Paulo instaurou procedimento de investigação criminal para apurar eventuais crimes relacionados com o Banco Panamericano. Nesta semana, a instituição financeira recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) após serem detectadas “inconsistências contábeis” em seu balanço.
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O MP vai acompanhar também a fiscalização do Banco Central (Bacen) sobre a instituição financeira. Ontem, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, afirmou no Congresso Nacional, que vê “indícios de crime” no Banco Panamericano.
Os procuradores da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Anamara Osório Silva serão os responsáveis pela condução das investigações.
Entenda o caso
* Diretores do banco Panamericano teriam registrado ativos e créditos fictícios para inflar os resultados da instituição, provocando a fraude.
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* O Banco Central detectou o problema em auditoria e abriu investigação.
* O Grupo Silvio Santos, controlador do banco, assumiu a responsabilidade pelo problema e informou ao BC que iria cobrir o rombo sem prejuízo para os demais sócios.
* Já o Fundo Garantidor de Crédito, que garante depósitos em caso de quebra de bancos, aceitou fazer empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Grupo Silvio Santos em troca de bens dados como garantias.
* O BC ainda apura a responsabilidade pelo erro contábil e quem foram os beneficiados, que podem ser punidos administrativamente e com base na lei do “colarinho branco”.
* Com a descoberta do rombo, os executivos do Panamericano foram demitidos e substituídos por uma nova diretoria, com presença maior da Caixa Econômica Federal, que comprou parte do banco no ano passado.
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