O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, defendeu a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para Gonet, a reunião do então mandatário com embaixadores, em julho do ano passado, caracteriza abuso de poder político.

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Ele defende que “estão estampados” elementos que justificam proibir Bolsonaro de participar de eleições por oito anos. Entre os argumentos estão desvio de finalidade, busca de vantagem na disputa eleitoral de 2022, além da gravidade da conduta.

Após manifestação de Gonet, a sessão foi suspensa e será retomada na próxima terça-feira (27) com apresentação do voto do relator Benedito Gonçalves.

A ação contra Bolsonaro

Na ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter transmitido a reunião por meio da TV Brasil. Após a realização da reunião, o PDT entrou com uma ação de investigação no TSE.

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Em seguida, de forma liminar, o tribunal determinou a retirada das imagens do encontro das redes sociais e da transmissão oficial do evento por entender que houve divulgação de fatos inverídicos e descontextualizados sobre o sistema de votação.

Durante a tramitação da ação, a defesa de Bolsonaro defendeu que o caso não poderia ser julgado pela Justiça Eleitoral. No entendimento dos advogados, o evento com os embaixadores foi realizado em 18 de julho, quando ele não era candidato oficial às eleições de 2022 e ainda não tinha sido aprovado em convenção partidária.