O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, está na mira do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Um inquérito policial será instaurado até o fim do mês para apurar situações de negligência na emergência, já que o hospital estaria negando atendimentos em áreas em que é referência, como cardiologia, e encaminhando os pacientes para pronto-atendimentos (PAs).

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Na quarta-feira, por exemplo, a família de um senhor de 81 anos, que tem problemas cardíacos e estava tendo uma crise de insuficiência cardiorrespiratória, foi orientada por funcionários do Regional a procurar o PA do Itaum.

– Isso não pode acontecer. Sabemos que no caso de uma emergência cardíaca, esses minutos podem custar a vida da pessoa -, diz David Lincoln Rocha, procurador do MPF.

O diretor técnico do Regional, Hercílio Fronza, chegou a prestar esclarecimentos sobre o caso na quarta-feira, na Delegacia da Polícia Federal, e, segundo o promotor, outras testemunhas serão ouvidas para apurar de quem seria a responsabilidade.

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De acordo com a presidente da comissão de ética médica do Regional, Tatiane Selbach, o pronto-socorro estava sem clínico, um problema crônico da unidade, que não consegue médicos para fechar plantão. Por isso, funcionários teriam orientado a família a esperar uma enfermeira, mas, segundo ela, a família decidiu, por conta própria, procurar o PA.