Com base em denúncias de espera por atendimento, o delegado da Polícia Federal Waldemar Moreno Jr. e o o procurador da República Davyd Lincoln visitaram nesta quarta-feira o Hospital Municipal São José, em Joinville, e anunciaram investigação sobre omissão de socorro.

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Superlotado desde setembro, pela sexta vez no ano, o pronto-socorro (PS) do hospital tem pacientes esperando pelos corredores por exames e cirurgias, em macas ou cadeiras de rodas.

Caso do motociclista Sidinei Matias, ontem um dos 88 que aguardavam por atendimento no PS. Há 18 dias, ele aguarda por cirurgia para corrigir fraturas no pé e no tornozelo.

– Quando entrei, disseram que era emergência. Hoje, não tenho previsão de quando vão me operar.

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Lincoln diz que tentará responsabilizar o município.

– Também vou pedir afastamento do diretor (Armando Lorga), porque ele nunca está no hospital quando vou lá -, afirma, defendendo que, mesmo que os poderes estadual e federal também seja responsáveis pela saúde pública, o município tem dinheiro para melhorar a situação.

O diretor afirma que não há omissão de socorro, já que o hospital não nega atendimento. Segundo ele, na sexta-feira o São José fará um mutirão de cirurgias ortopédicas. Mas a lotação dependerá da demanda.

– E, infelizmente, nos feriados ela tende a aumentar.