A vereadora de Triguinhos, no Oeste de SC, Juliana Pereira de Oliveira e outros três homens foram denunciados pelo Ministério Público pelo homicídio de um idoso, de 63 anos. O crime teria sido cometido após briga entre a parlamentar e a vítima envolvendo o aluguel de uma residência.
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Juliana e o namorado, um dos homens denunciados pelo MP, estão presos.
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Segundo o MP, a vereadora e um dos denunciados teriam ido à Delegacia de Polícia de Tigrinos, em 3 de fevereiro, para registrar boletim de ocorrência contra a vítima, Osmar Alves Pereira, que morava em uma casa que a parlamentar afirmava ser dela. Juliana teria afirmado que o homem se recusava a desocupar o imível e teria a ameaçado com um fação. As investigações, no entanto, apontam que a ameaça nunca teria sido feita.
O terreno e a casa, de acordo com o MP, não pertenciam a Juliana há cerca de seis meses — período que durou o atrito. O local havia sido entregue a uma cooperativa de crédito como pagamento de uma dívida dela com a instituição financeira. Mesmo assim, a vereadora teria continuado a pedir que o idoso, que já havia sido seu inquilino por três anos, pagasse o aluguel ou desocupasse o imóvel. O morador tentanva adquirir a casa diretamente com a cooperativa de crédito.
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As investigações apuraram que, em 4 de fevereiro, a vereadora e o namorado que a acompanhou na delegacia teriam se unido a outros dois acusados e se dirigido, em dois carros, até a antiga propriedade da parlamentar. O idoso foi morto com cinco tiros, disparados por um dos homens, que teria ido ao local com um revólver escondido sob suas roupas. De acordo com a Polícia Militar, ao menos três tiros acertaram Pereira.
A vereadora também foi denunciada por denúncia caluniosa, por ter ido à delegacia um dia antes ao assassinato. O que de acordo com a ação penal pública teria “o objetivo de conseguir impunidade em relação ao crime de homicídio que viria a ser praticado no dia seguinte”, conforme consta na ação penal pública.
Além disso, ela e o namorado foram denunciados por homicídio duplamente qualificado – pelo motivo torpe e por ter sido cometido sem dar chances de defesa à vítima – e por tentativa de denunciação caluniosa. Os outros dois foram denunciados por homicídio qualificado pela dificuldade de defesa à vítima, e a eles foram impostas medidas cautelares pessoais para garantia da ordem pública.
Contraponto
A defesa da vereadora afirma que os autos da investigação, que estão em segredo de Justiça, comprovariam a versão da parlamentar. “Os fatos não ocorreram da forma conforme vêm sendo amplamente divulgado. Parte do que foi exposto na mídia não passa de uma história fantasiosa contada de forma unilateral apenas pela acusação, desprezando os fatos já devidamente comprovados pela defesa nos autos investigativos”, afirmou em nota.
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