O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou no começo desta semana 21 integrantes de uma facção criminosa. Os homens formavam o núcleo de Laguna do grupo e foram denunciados por organização criminosa e com uso de adolescentes. Dos 21, 17 já estão presos.
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Segundo a denúncia,oferecida pelas 1ª e 2ª Promotorias de Justiça ao Juiz de Direito da Vara Criminal da comarca de Laguna, a facção estruturou um núcleo na cidade para atuar dentro e fora da unidade prisional avançada do município. Do lado de fora, os integrantes agiam para enviar o “dízimo” para o comando central da organização, para proteger os seus familiares, contratar advogados, adquirir armas, drogas e matar componentes de facções criminosas rivais. Dentro da prisão, o núcleo estava estruturado para delimitar regras de convívio, dias de visita, datas comemorativas, para vender drogas e regulamentar as regras do estatuto da organização.
O núcleo da facção começou a ser desmantelado a partir de investigações da área de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil. Segundo o Ministério Público, o dia 26 de maio foi o estopim para a queda do grupo na cidade. Na data, policiais militares interceptaram uma reunião dos integrantes da facção para a coleta do “dízimo”. Ao chegarem, os policiais conseguiram conduzir alguns dos componentes para a Delegacia, e identificar outra parte, que conseguiu fugir.
A partir dessa ação, na qual foram apreendidos pacotes contendo o dinheiro do “dízimo” e uma lista contendo os codinome dos participantes da reunião da facção, foi deflagrada uma investigação em parceria das Polícias e do Ministério Público. Interceptações telefônicas, buscas e apreensões e prisões cautelares foram feitas. As provas serviram para a polícia descobrir os integrantes que não foram flagrados naquela ação e para concluir o inquérito policial.
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Paralelamente a essa denúncia, que está sob a análise do Judiciário, as Promotorias de Justiça da comarca de Laguna também ofereceram denúncia por outros crimes cometidos pela facção, como por exemplo, homicídios e tráfico de drogas. Na denúncia, o MPSC também requereu a prisão preventiva dos denunciados que ainda não tinham tido a cautelar contra eles decretada, como forma de garantir a ordem pública e de modo a não atrapalhar a instrução criminal.
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