O Ministério Público de Goiás pediu, na tarde desta quarta-feira (12), a prisão preventiva do médium João de Deus. Até a tarde desta terça, os promotores receberam 206 mulheres que afirmaram ser vítimas do religioso. A medida foi tomada cinco dias depois de virem à tona denúncias de abusos sexuais. O pedido ainda precisa ser aceito pela Justiça.

Continua depois da publicidade

João de Deus visitou, por volta das 9h30min, a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde realiza consultas e aconselhamentos espirituais, além das chamadas cirurgias espirituais há 42 anos.

— Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo — declarou o médium.

Foi a primeira aparição pública de João de Deus desde que vieram a público as denúncias de que ele teria abusado sexualmente de frequentadoras do centro espírita.

A chegada de João de Deus à Casa Dom Inácio foi marcada por confusão entre jornalistas que tentavam se aproximar e frequentadores e funcionários do centro que tentavam afastá-lo dos profissionais de imprensa.

Continua depois da publicidade

Segundo assessores da casa, João de Deus sentiu-se mal logo após o tumulto e, sem condições de atender às centenas de pessoas que o aguardavam, deixou o local cerca de 10 minutos depois.