Na próxima semana, o Ministério Público de Santa Catarina começará a analisar o inquérito concluído pela Polícia Federal na Operação Ave de Rapina, que investigou o suposto recebimento de propina por 14 vereadores da Câmara Municipal de Florianópolis durante a tramitação do projeto de lei Cidade Limpa em 2013.
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Nesta sexta-feira, a ação com mais de 1 mil páginas, encabeçada pelo delegado Allan Dias, foi encaminhada para a Vara de de Combate ao Crime Organizado para digitalização. Quando esse processo for concluído, o promotor Alexandre Graziotin, do MP estadual, irá analisar o inquérito e decidir pela denúncia, arquivamento ou remessa do material para outra promotoria.
Segundo o delegado Graziotin, o processo é extenso, mas ele pretende concluir a apreciação em cerca de trinta dias.
– Não posso dar um prazo para isso, mas vou tentar concluí-lo em até 30 dias para decidir os encaminhamentos – apontou.
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O delegado Luís Korff não comentou o teor das investigações nem confirmou se o número de indiciados continuou o mesmo desde o início das apurações. Segundo ele, a Polícia Federal irá fazer um nota oficial na segunda-feira sobre a Operação Ave de Rapina e a conclusão do processo.
A Operação Ave de Rapina
A Operação Ave de Rapina foi deflagrada na manhã do dia 12 de novembro de 2014 pela Polícia Federal. À época, a PF afirmou que o suposto esquema de corrupção envolvendo vereadores de Florianópolis, servidores públicos e empresários teria desviado pelo menos R$ 30 milhões.
Por causa das investigações, tanto o ex-presidente da Câmara dos Vereadores, César Faria (PSD) quanto Marco Aurélio Espíndola, o Badeko, (PSD) passaram por investigações do Comitê de Ética da Câmara. Ao fim, o Comitê aconselhou pela cassação dos mandatos. Isso será decidido em votação no plenário no dia 12 de agosto.
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