Aprovada pelo Conselho Superior do Ministério Público, a instauração de um inquérito civil contra o governador e o secretário da Saúde de Santa Catarina será avaliada pela área jurídica do MP antes de ser definida pelo Procurador-Geral de Justiça, Sandro José Neis. O objetivo é apurar responsabilidades pelas dívidas dá área, que segundo a própria secretaria passam dos R$ 700 milhões. Ainda não há previsão de quando o parecer sobre a viabilidade jurídica estará concluído.
Continua depois da publicidade
A sugestão de instaurar o inquérito foi aceita por unanimidade em reunião do conselho na quinta-feira. Além de responsabilizar Raimundo Colombo (PSD) e o secretário Vicente Caropreso, a intenção é também ter uma força-tarefa para cobrar e auxiliar em medidas urgentes para assegurar o acesso à saúde para a população catarinense.
A proposta foi do procurador Gercino Gomes Neto, que se manifestou sobre o caso apenas nas redes sociais. Ele defendeu que “é obrigação do MP garantir os direitos à saúde da população, ante a omissão do Estado”.
Procurado pela reportagem da NSC TV na manhã desta sexta-feira, o governador Colombo se disse tranquilo sobre o possível inquérito do Ministério Público.
— Recebo com absoluta tranquilidade (a notícia). Temos todo um planejamento de trabalho, fazendo o máximo possível com a arrecadação. Todo mundo está vendo a crise no país e nós não somos uma ilha. Santa Catarina está com desempenho melhor do que o resto do Brasil e isso será comprovado em qualquer estudo que pedirem —, declarou.
Continua depois da publicidade
A assessoria da Secretaria da Saúde informou que ainda não foi notificada sobre o processo e que por isso não vai se manifestar por enquanto.