A promotoria de defesa do consumidor abriu um inquérito para investigar se houve aumento abusivo nas cotas de luz da Celesc. Em entrevista à CBN Diário, o promotor Eduardo Paladino disse que a ideia é apurar o mais rápido possível se o consumo registrado realmente ocorreu:

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— O Ministério Público tem recebido muitas reclamações de um suposto aumento abusivo. O inquérito civil é o procedimento próprio para apuração desses fatos.

Na segunda-feira, o promotor fará uma reunião com representantes do Procon (estadual e municipal), Secretaria da Defesa do Consumidor e outros orgãos que têm feito contato.

— Nossa intenção é traçar uma linha de atuação conjunta para ter maior rapidez na apuração desses fatos. Temos relatos de contas que triplicaram ou quadruplicaram de valor.

A Celesc alega que o aumento da conta de luz é decorrentes do consumo nos dias de calor.

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A Celesc diz que esse aumento foi provocado, entre outros motivos, pelo uso mais intenso de aparelhos de ar-condicionado e também de geladeiras, em função das ondas de calor que atingiram Santa Catarina entre o fim de dezembro e este mês de janeiro.

“Esse avanço é confirmado, inclusive, pelos elevados índices na demanda de energia registrados pela Celesc nas últimas semanas. Desde dezembro, o recorde foi batido três vezes, em três dias seguidos – 15 de janeiro (4.875MW), 16 de janeiro (4.989,82 MW) e 17 de janeiro (5.030MW). O último recorde havia sido registrado em 12 de dezembro passado: 4.826MW”, diz trecho da última nota da empresa, divulgada no dia 23 de janeiro.

Ainda conforme a Celesc, também não há registros de erros na medição do consumo de energia.

Ouça a entrevista do promotor Eduardo Paladino ao jornalista Renato Igor: