Até o final da semana o Ministério Público Estadual (MPE) deve se posicionar sobre a documentação entregue na tarde de terça-feira, dia 1º, pela LBR com informações sobre o precessamento de leite suspeito de adulteração. De acordo com a LBR, os documentos tinham sido solicitados pelo MPE em reunião com representantes da empresa há duas semanas. Os papeis respondem questionamentos dos promotores sobre a compra do produto e testes feitos nas cargas recebidas.

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Relembre o histórico da Operação Leite Compen$ado

No dia 14 de março, foram apreendidos 15 caminhões e preso o dono de posto de resfriamento Odir Pedro Zamadei, de Condor, suspeito de adicionar formol no leite. O produto foi entregue à LBR, com posto de resfriamento em Tapejara, que enviou a carga para as suas unidades de Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP). O leite processados pela empresa foi comercializados no Paraná e em São Paulo nas marcas Líder e Parmalat. No Rio Grande do Sul, inicialmente, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) chegou a orientar a retirada das prateleiras dos produtos suspeitos.

Após a análise dos documentos entregues ontem, o promotor de Defesa do Consumidor do MPE, Alcindo Bastos da Silva Filho, chamará os representantes da LBR para nova audiência. Caso considere as justificativas insuficientes, deve propor novas medidas à empresa além das já relacionadas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2013, após um lote da marca Líder ser apresentar suspeita de contaminação com formol ainda na primeira fase da Operação, em maio.

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No Termo, a LBR se comprometeu a informar o Ministério da Agricultura caso recebesse leite duvidoso, além de aperfeiçoar os testes. A empresa está em dia com o pagamento da multa de R$ 1,8 milhão, dividida em 24 parcelas.

– Caso não fique claro, veremos se a empresa tem interesse em acertar ou se teremos que entrar com uma ação – explica Alcindo.