O Ministério do Trabalho iniciou nesta semana uma força-tarefa no Oeste, com o deslocamento de um  reforço de cinco funcionários para Chapecó. Tudo para dar conta das suspensões de contrato de trabalho de 1.125 funcionários da BRF, que nos próximos meses vão receber recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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Eles serão enquadrados no sistema de lay off, que é uma medida adotada para evitar demissões, quando alguma empresa tem dificuldade momentânea no mercado. Ele pode durar até cinco meses.

Para receber os salários, que correspondem a 80% do valor que vinham recebendo, os trabalhadores devem frequentar cursos de capacitação, com frequência mínima de 75%. Os cursos iniciaram na semana passada, na Unoesc.

De acordo com o superintendente regional do trabalho em Santa Catarina, Cley Capistrano Maia de Lima, a estimativa é que a indenização do FAT chegue a R$ 10 milhões. A documentação dos acordos deve levar dez dias para ser concluída, pois o atendimento médio é de 110 trabalhadores por dia.

O lay off foi aprovado em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó e Região (Sintracarnes), como uma medida de tentar evitar mais demissões. Cerca de 350 trabalhadores já foram demitidos da BRF de Chapecó.

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O abate diário de 220 mil frangos foi suspenso por seis meses devido principalmente ao embargo da União Europeia. A unidade da BRF de Chapecó foi uma das unidades que entrou na lista, depois que a Operação Trapaça, que foi uma sequência da Carne Forte, identificou irregularidades em laudos laboratoriais, principalmente em relação à salmonela. 

 

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