O Ministério do Esporte refutou nesta sexta-feira o relatório divulgado na última quarta, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que detectou gastos exagerados na organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.
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A nota afirma que o governo federal foi obrigado a aumentar a participação para garantir a realização dos jogos e ressalta que os R$ 3,3 bilhões (valor superior aos R$ 523,84 milhões previstos no orçamento inicial) foram gastos porque a Prefeitura do Rio de Janeiro e a iniciativa privada não cumpriram sua parte no pagamento. O cálculo é ainda parcial, pois tanto o Ministério do Esporte e quanto as estatais que apoiaram o evento precisam apresentar demonstrativo detalhado dos gastos.
O Ministério do Esporte garantiu que irá providenciar as solicitações do TCU de apresentar, em 30 dias, mais detalhes sobre o contrato de supervisão e fiscalização das obras no Complexo de Deodoro, da prestação de contas para a reforma e adaptação do Complexo Esportivo do Maracanã, construção do Parque Aquático, aquisição e montagem da pista do Velódromo e obras de infra-estrutura da Vila Pan-Americana.
O documento do TCU registrou gastos desproporcionais como o valor da implantação do sistema de credenciamento, originalmente de R$ 55 mil, que acabou custando R$ 26,7 milhões aos cofres públicos. O relatório também chamou de exagero a quantia gasta com diárias de R$ 1,137 mil dos atletas hospedados na Vila Pan-Americanas.
Fiscais do TCU encontraram materiais importados, como dardos e varas de salto, armazenados nos depósitos do Comitê Olímpico Brasileiro. O material não foi usado porque chegaram ao país depois do fim dos Jogos.
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