Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que suspendeu os pagamentos à agência de publicidade BorghiLowe, contratada pela licitação da pasta em 2010. O órgão ainda afirmou que criou uma comissão de sindicância para avaliar a regularidade da execução do contrato que mantém com a agência.

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A medida do ministério é uma reação às investigações na nova fase da Operação Lava-Jato, detalhadas nesta sexta-feira pela Polícia Federal. De acordo com os investigadores, há indícios desvios de verba de publicidade na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Ministério da Saúde. Apontado como o principal suspeito, o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) foi preso nesta sexta.

“As informações dos contratos de publicidade, do período em análise pela Polícia Federal, serão encaminhadas para a Controladoria Geral da União e Polícia Federal e ficarão à disposição dos demais órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União e Ministério Público, para reforçar as medidas de controle e auxiliar nas investigações”, afirma a nota.

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Os contratos com a BorghiLowe são renovados ano a ano pelo ministério desde 2010, sem novas disputas entre agências da área. “Os contratos cumprem todos os requisitos exigidos na legislação de licitação. Os contratos têm vigência de um ano, podendo ser renovado por até cinco anos”, disse a nota emitida pela pasta.

O Ministério ainda voltou a defender que não chegou a assinar contrato com o laboratório Labogen, suspeito de pertencer ao doleiro Alberto Youssef e que contou com lobby do então deputado André Vargas. O termo de compromisso firmado com o laboratório para a produção de um medicamento só foi suspenso depois da deflagração da Lava-Jato.

* Zero Hora