O Ministério da Defesa descartou a implantação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Base Aérea de Florianópolis. O pedido foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que solicitou a abertura de 47 vagas que seriam ativadas de forma imediata. 

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A alegação do governo federal é de que a estrutura é de baixa complexididade e não tem condições de atuar com pacientes graves.

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O ofício da SES, assinado pelo então secretário André Motta Ribeiro, foi encaminhado ao ministério no dia 19 de março. A solicitação justificava o pedido considerando o agravamento da pandemia, a “impossibilidade de abertura de novos leitos nas unidades públicas e o número de pacientes aguardando leitos de UTI”.

Na data, Santa Catarina tinha mais de 300 pacientes na fila de espera por vagas. Na terça-feira (13), o número de doentes com Covid-19 aguardando por leitos era de 179. Desse total, 137 precisavam de internação na UTI.

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A secretaria pedia a cessão de espaços não utilizados do hospital, inclusive áreas que precisassem de obras de finalização.

A resposta do Ministério da Defesa veio no dia 24 de março. Segundo a pasta federal, o hospital é uma organização de saúde de baixa complexidade e assim não possui estrutura para internação de curta ou longa permanência.

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O ministério diz ainda que a unidade não tem rede de gases e sistema de vácuo, que seriam necessários para abertura dos leitos solicitados.

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O governo do Estado respondeu que continua buscando locais para abertura de novos leitos clínicos e de UTI para Covid-19. Segundo a gestão, há um monitoramento constante da evolução de casos e da taxa de ocupação de leitos de UTI para indicar as recomendações para as regiões.

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A administração estadual pontuou ainda que desde o início da pandemia ampliou de 546 para mais de 1,7 mil o número de leitos de UTI ativos.

Santa Catarina tem 842.461 casos e 12.231 mortes causadas pela Covid-19. A taxa de letalidade é de 1,5%. Os dados foram divulgados pela SES na terça-feira.

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