A mineradora anglo-australiana BHP Billiton afirmou nesta quinta-feira que realizará uma investigação transparente sobre as causas do rompimento da barragem do distrito de Bento Rodrigues, que deixou ao menos 11 mortos.

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Famílias de Bento Rodrigues voltam a casas destruídas pela lama

A barragem de Fundão se rompeu no última dia 5 de novembro, causando destruição devido à enxurrada de lama com rejeitos tóxicos. A exploração era feita no local pela mineradora Samarco, controlada por duas acionistas, a Vale S.A. e a BHP Billiton Brasil Ltda., em partes iguais.

Companhia de mineração número um do mundo, a BHP enfrenta um dos piores desastres em seus 130 anos de história.

– Tragicamente, nesse ponto, acreditamos que há 11 pessoas e oito desaparecidas – afirmou o CEO Jac Nasser durante a assembleia geral da companhia na cidade australiana de Perth, onde manifestantes protestaram exibindo faixas com as palavras “BHP: Lama e Lucro”.

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– Lamentamos profundamente por todos que sofreram o impacto dessa tragédia, em particular os amigos e familiares das pessoas que morreram e das que estão desaparecidas, assim como todos que perderam suas casas e estão incertos quanto ao futuro – acrescentou Nasser.

O CEO afirmou que uma investigação externa de como o desastre aconteceu será tornada pública e ajudará todas as companhias do mundo a “aprender com esses trágicos eventos”.

– Eu prometo que vamos descobrir o que deu de errado – garantiu.

– Juntos com a Vale, concordamos com um comitê de investigação externa sobre o rompimento da barragem. Levará algum tempo antes de a investigação concluir, mas ela vai concluir. Vocês têm minha palavra de que vamos divulgar as descobertas – concluiu.

Em Minas, população faz velório a céu aberto para o Rio Doce

Veja galeria de imagens sobre o Rio Doce:

Rota da Lama

Zero Hora percorre o rastro de devastação provocado pelo rompimento das barragens ao longo do curso do Rio Doce. A primeira parada foi na localidade de Bento Rodrigues, no município de Mariana, que registrou mortes, desaparecimentos e foi praticamente extinta. A segunda parada foi em Paracatu de Baixo, também em Mariana (MG), onde a lama destruiu as casas e se acumula em blocos de um a dois metros de altura. Em seguida, nossos repórteres visitaram Rio Doce, cidade que lamenta a morte do curso de água que dá nome à cidade. Veja abaixo todas as matérias que já foram publicadas:

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