Adriano de Souza, o Mineirinho, realizou na última quinta-feira o grande sonho de sua vida: ser campeão mundial de surfe. E em um palco histórico: as míticas ondas de Pipeline, no Havaí. Em termos de esportes Olímpicos, vencer no Havaí poderia ser comparado a ganhar o Torneio de Wimbledon no tênis, ou o Tour de France no ciclismo de estrada, ou ainda em Aachen, no hipismo saltos. Ele chegou ao máximo do surfe mundial, mas há outra meta que o brasileiro deseja alcançar, ainda que neste momento não dependa só dele: disputar os Jogos Olímpicos.

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Após conquistar o título mundial, Adriano de Souza é campeão em Pipeline

– Adoraria ter a chance de representar a bandeira brasileira com a mesma garra nos Jogos – afirmou Adriano de Souza, durante coletiva de imprensa em São Paulo.

Não é de hoje que Mineirinho flerta com o esporte Olímpico. Em abril 2013, o atleta sonhava em poder disputar os Jogos Rio 2016 diante da torcida brasileira.

– Para mim, seria mais do que uma vitória ver o surfe nas Olimpíadas – disse na época ao canal Almasurf.

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Mick Fanning parabeniza Mineirinho pela conquista do mundial de surfe

Só que o surfe acabou não entrando no programa do Rio 2016. Uma pena para o Brasil, que teria grandes chances de medalhas já que os dois últimos campeões da WSL são brasileiros – Gabriel Medina venceu em 2014 – e iniciou o movimento chamado “Brazilian Storm”.

Imagens: WSL/Divulgação

O brasileiro agora aguarda as ondas japonesas, já que o surfe está na lista de esportes candidatos a integrar o programa dos Jogos Tóquio 2020. Mas o brasileiro não vê a inclusão do surfe nos Jogos apenas como uma oportunidade para o Brasil. Austrália e Estados Unidos produziram a maioria dos campeões nas últimas décadas.

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– Seria legal para todo mundo. Para as pequenas ilhas cujo esporte principal é o surfe, para os próprios atletas que terão mais uma chance de representar seus países e para os Jogos, que terão mais estrelas participando. E isso atrai mais a atenção do público. Imagina uma disputa de medalha de ouro com a geração que temos hoje? – ressaltou.

Mas o campeão mundial não restringe ao surfe sua paixão por esporte.

– Adoro esse espírito Olímpico. É algo que eu me identifico muito. E gosto principalmente pela chance que temos de ver modalidades que geralmente não têm espaço na TV e são muito interessantes. É um dos grandes acontecimentos da nossa história e um privilégio poder ver. Imagina como seria participar – declara.

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Com o troféu em mãos, Mineirinho é recepcionado pela torcida em São Paulo

O calendário da temporada da WSL, segundo ele, não seria empecilho para inclusão do surfe nos Jogos Olímpicos.

– Nosso calendário é bem tradicional. Geralmente as datas são as mesmas todos os anos, o que torna bem mais fácil essa adaptação – finalizou.

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*ZHESPORTES