A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou o primeiro caso de febre chikungunya registrado no Estado nesta segunda-feira. O caso é de transmissão dentro do Estado e foi confirmado em uma mulher de 48 anos, moradora da cidade de Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (menos comum no país), que se proliferam em água parada, e não passa de pessoa para pessoa. Em torno de sete dias após picar uma pessoa contaminada, os mosquitos podem transportar e transmitir o vírus durante toda a vida.

Além do caso confirmado em Minas, 10 amostras foram coletadas e enviadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed): cinco ainda estão em análise e quatro foram descartadas.

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Febre chikungunya tem sintomas semelhantes à dengue

Até 4 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 211 casos de febre chikungunya no Brasil, sendo 74 confirmados por critério laboratorial e 137 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Os outros 173 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque, no Amapá, e 156 no município de Feira de Santana, na Bahia.

Como é a transmissão?

– A febre não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá, aqui no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (menos comum no país), que se proliferam em água parada. Em torno de sete dias após picar uma pessoa contaminada, os mosquitos podem transportar e transmitir o vírus durante toda a vida.

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Quais os principais sintomas?

– No início, os sintomas são muito variados e semelhantes aos da dengue. A grande diferença está nas dores musculares e articulares, semelhantes às da artrite, bastante severas e que podem durar semanas ou até meses.

A doença pode matar?

– Diferentemente da dengue, que possui uma variação mais severa – a hemorrágica, cuja taxa de mortalidade pode superar os 10% -, a febre chikungunya não costuma atingir um quadro tão grave. Conforme o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade é muito baixa e não alcança 1% dos infectados. Casos de óbito normalmente ocorrem em pessoas cuja imunidade já está muito debilitada devido a outras complicações.

Como tratar?

– Não há tratamento para curar a infecção, nem vacinas. O cuidado é paliativo, com uso de remédios como paracetamol e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Se as dores nas articulações forem muito severas e permanecerem por muito tempo, o médico pode recomendar o uso de corticoides.

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Como se prevenir?

– Valem as mesmas regras de prevenção à dengue, que é feita pelo controle do mosquito transmissor. Evitar acúmulo de água parada, usada pelos insetos para se reproduzir, é a principal medida. Além disso, quem viajar a locais com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, ilhas do Caribe, Guiana Francesa e países africanos e do sudeste asiático, deve usar repelentes e tomar outros cuidados para evitar picadas de mosquito.

*Zero Hora