Missão dada é missão cumprida. Milton Cruz atinge um ano de Figueirense nesta terça-feira porque é um comandante que alcança as tarefas que lhe são confiadas. A primeira delas, livrar a equipe do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro, foi credencial para seguir no trabalho que agora tem metas maiores – e demonstrou capacidade de atingi-las. O paulista nascido em Cubatão está feliz pelo aniversário raro para técnico de futebol no Brasil. Não à toa, o treinador de 61 anos, completados no primeiro dia deste mês, é o quinto mais longevo entre os clubes das séries A e B.
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Na noite do dia 7 de agosto do ano passado, o Figueirense selava o acordo de reestruturação, com a transformação em clube-empresa. O primeiro anúncio foi o nome de comando para o campo. Milton Cruz foi o apontado para reerguer o Figueira dentro das quatro linhas e tirar a equipe do rebaixamento eminente, enquanto Claudio Vernalha e Alex Bourgeois (que sairia dois meses depois) assumiam a reconstrução administrativa e financeira.
Milton cumpriu a primeira e maior missão, com a equipe safa da degola duas rodadas antes do término da Série B. Neste ano, o treinador guiou o time preto e branco ao título do Campeonato Catarinense, foi com o Figueira até a terceira fase da Copa do Brasil e agora luta pelo acesso à elite do futebol nacional. Com um turno ainda pela frente, no momento o triunfo particular motiva o treinador a buscar atingir outra missão.
— O Figueirense é um clube em que todo mundo trabalha em prol do mesmo objetivo. Eu tenho o suporte da diretoria e dos funcionários, e conto sempre com o apoio do torcedor. Sempre foi um sonho pra mim, como eu vivo repetindo, trabalhar no maior clube de Santa Catarina. Sei que é apenas um ano, mas, considerando o mercado brasileiro, é uma conquista – avalia o técnico do Alvinegro.
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Ainda que muito no Brasil, um ano no comando ainda é pouco para Milton Cruz, que tem a marca como um passo. Quando chegou em Florianópolis, vestir a camisa preta do treinador foi o ato que simboliza os primeiros metros de uma caminhada extensa pelo desejo que tem. A vontade é de um trabalho longo, como fez nos 19 anos de São Paulo. Até porque encontrou em Florianópolis e no Figueira o que tem como ideal para desenvolver o seu ofício.
— Eu espero, do fundo do coração, ficar por muito tempo e criar raízes aqui no Figueirense. Esse um ano significou muito pra mim, não apenas pela conquista do título estadual e outros objetivos. Minha vontade é realizar uma grande história no clube.
Confira a seguir um bate-bola com o treinador sobre os melhores (e também piores) episódios deste um ano de trabalho.
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Um momento especial.
Ser campeão catarinense.
Um jogo para guardar.
Chapecoense 0 x 2 Figueirense (final e título do Catarinense).
Uma partida que gostaria de esquecer.
Náutico 2 x 0 Figueirense (em agosto de 2017, pela Série B).
Um momento delicado.
Derrota para o Avaí (1 a 0 para o rival no Orlando Scarpelli, em maio deste ano, pela Série B)
Um momento de superação.
A recuperação da equipe na Série B do ano passado. Assumimos com o time no Z-4 e fizemos uma das melhores campanhas do returno para escapar do rebaixamento.
Um lugar de Floripa.
Jurerê.
Um objetivo, além do acesso.
Ser campeão da Série B.
Milton Cruz daqui um ano.
Estar com o Figueirense, na Série A do Campeonato Brasileiro.
Técnicos mais longevos das séries A e B
1) Mano Menezes (Mano Menezes) – desde 26/07/2016
2) Renato Gaúcho (Grêmio) – desde 18/09/2016
3) Roberto Cavalo (Oeste) – desde 10/02/2017
4) Hemerson Maria (Vila Nova) – desde 09/05/2017
5) Milton Cruz (Figueirense) – desde 07/08/2017
Confira a tabela da Série B do Brasileiro 2018
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