Os oito soldados turcos que fugiram no sábado para a Grécia em um helicóptero militar serão julgados por entrada ilegal no território grego e violação do espaço aéreo, informou uma advogada do grupo neste domingo.
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Os oito soldados, que pediram asilo na Grécia, aterrissaram no sábado no aeroporto de Alexandroupoli, no norte da Grécia, perto da fronteira com a Turquia, após o envio de um sinal de socorro.
As oito pessoas foram detidas e deverão comparecer no tribunal na segunda-feira, segundo a advogada Ilia Marinaki.
Os oito soldados, incluindo dois comandantes, insistem que não participaram na tentativa de golpe contra o presidente Recep Tayyip Erdogan, e que fugiram para a Grécia “quando policiais começaram a atirar contra eles”.
Os militares, todos com cerca de 40 anos e casados, estão preocupados com suas vidas e com a de suas famílias, disse a advogada.
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No sábado, o governo turco pediu às autoridades gregas a extradição dos oito.
Erdogan falou por telefone com o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, segundo fontes do governo grego.
Erdogan agradeceu o apoio da Grécia, que rapidamente se manifestou contra o golpe e em favor do governo turco “eleito democraticamente”.
Já Tsipras informou que o procedimento relativo aos militares será rápido, mas respeitando o direito internacional e os direitos humanos.
A análise do pedido de asilo pode levar duas semanas, segundo um comunicado do governo.
No domingo de manhã, a força aérea turca recuperou o helicóptero Black Hawk usado pelos militares para viajar para a Grécia.
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* AFP