O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lamentou nesta sexta-feira não ter podido entregar na véspera ajuda humanitária em Aleppo, devido ao bloqueio militar da cidade síria.

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– Era impossível ontem enviar artigos de ajuda adicionais, porque a cidade estava cercada pelas forças militares. Nossa equipe em Aleppo também nos informou sobre uma ausência completa de cobertura para os telefones celulares e a internet – declarou uma porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, em uma coletiva de imprensa.

Ela indicou ainda que não sabia qual era a situação no local nesta sexta-feira.

Os civis que não podem abandonar Aleppo, segunda maior cidade da Síria, onde são registrados intensos combates, continuam buscando refúgio nas escolas, universidades e mesquitas da capital econômica do país.

Segundo o ACNUR, cerca de 7,2 mil pessoas se refugiaram em 45 escolas e seis dormitórios.

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As forças do regime retomaram nesta sexta-feira os bombardeios dos bairros rebeldes próximos a Damasco e a Aleppo, palco de uma batalha chave na guerra na Síria, onde o fracasso da diplomacia levou na quinta-feira o mediador internacional Kofi Annan a renunciar.

A Agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) confirmou que 20 pessoas morreram e 10 ficaram feridas em Yarmuk, na região de Damasco, segundo o ACNUR.

A situação dos refugiados na Síria preocupa o ACNUR. Em apenas um dia, 700 deles visitaram o escritório da agência da ONU em Damasco para obter ajuda e conselhos, revelou Fleming.