Milhares de trabalhadores e ativistas de esquerda protestaram nesta quarta-feira, no centro de Buenos Aires, para exigir a redução de impostos e denunciar a inflação e a insegurança presentes no governo da presidente Cristina Kirchner.
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“Não ao imposto de renda, sim ao auxílio família para todos”, resumia um grande cartaz em meio à multidão na Praça de Maio, diante da Casa Rosada, constatou a agência de notícias France Presse.
– Senhora presidente, ocupe-se da inflação que corrói o salário, utilize todos os instrumentos necessários a seu alcance para enfrentar a insegurança que atinge todos os argentinos – disse Moyano, líder dos caminhoneiros e ex-aliado de Kirchner.
– Se (o governo) não entende as lutas sindicais e as mobilizações, em 2013 teremos a oportunidade de utilizar o voto e eleger quem garanta os direitos dos trabalhadores – assinalou Moyano, que surge como candidato à presidência..
“Para dirigir um povo, a primeira condição é ter saído do povo, se sentir e pensar como o povo”, dizia uma enorme bandeira carregada pela multidão.
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O protesto desta quarta-feira registrou a incomum aliança entre sindicalistas peronistas e partidos da esquerda, adversários históricos na Argentina.
– Apesar das diferenças que temos com a CGT e a CTA, acreditamos que nossas exigências são justas. A mobilização e a greve sempre servem – disse à AFP Florencia Piris, militante da Frente de Esquerda, professora de história e funcionária do instituto de estatísticas, o Indec.
Após sua contundente vitória nas eleições de outubro de 2011, com 54% dos votos, a presidente Cristina Kirchner viu sua aprovação cair de 64,1% para 30,6% em um ano, segundo a consultoria M&F.