A fé, que pode parecer capaz de mover montanhas, também mobilizou milhares de pessoas pelas ruas centrais de Araquari, na tarde desta quarta-feira, numa procissão que encerrou as celebrações da Festa do Senhor Bom Jesus.

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Reunidos em frente à Igreja Matriz, onde foram realizadas quatro missas entre a manhã e a tarde, os fiéis seguiram em carreata atrás da imagem do santo, tradicionalmente posicionado sobre um caminhão. Papéis picados, fogos de artifício e as badaladas do sino anunciaram a largada da procissão.

Do alto do trio elétrico, o padre Dúlcio de Araújo, convidado da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Mafra, comandou a multidão. Além dos cânticos, o religioso destacou temas como a participação dos jovens na sociedade.

-Os jovens são a riqueza da nossa comunidade, com seu jeito próprio de ser. Temos que convocá-los, trazê-los para perto de nós. Dialogar com eles pelas redes sociais — reforçou.

Houve quem fizesse o trajeto da procissão de pés descalços. Alguns como forma de pagar promessas. Outros, apenas por devoção.

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-Só tenho que agradecer a tudo. Por cada detalhe de tudo o que temos. Não precisamos agradecer e ter por alguma razão especial – refletiu a aposentada Jucélia Licodiedoff, de 60 anos, que participou da procissão acompanhada do marido, Algacir Licodiedoff, 70 anos, vindos de Porto União.

A viagem de seis horas até Araquari, diz o casal, é um ato que se repete há anos. Para eles, apenas um “pequeno sacrifício” que vai continuar por muitos anos ainda, enquanto a saúde de ambos permitir.

A festa, organizada pela Paróquia Santuário Senhor Bom Jesus, em parceria com a Prefeitura, existe desde que Araquari era chamada de Freguesia do Bom Jesus no século 18 para agradecer aos pedidos respondidos pelo padroeiro.