Cerca de dez mil afegãos se concentraram hoje na província de Herat (oeste) para protestar contra a republicação das charges do profeta Maomé e contra um curta-metragem que considera o Corão um livro que incita a violência, Farzana Ahmadi, a porta-voz do Governador de Herat.
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– O protesto foi pacífico e a multidão se acalmou após o meio-dia – disse.
Um oficial da polícia afirmou, no entanto, que a manifestação foi violenta e que os ativistas lançaram duas granadas na direção das forças de segurança, que feriram dois agentes.
Os manifestantes queimaram bandeiras dinamarquesas e holandesas entre gritos de “morte àqueles que insultam o Islã, morte à Dinamarca e Holanda”, e pediram a retirada do Afeganistão das tropas desses dois países.
Vários jornais dinamarqueses publicaram novamente em fevereiro as polêmicas charges de Maomé, depois da descoberta de um plano para assassinar o desenhista Kurt Westergaard. Uma das imagens, publicadas pela primeira vez em 2006, mostrava Maomé com um turbante-bomba, o que para muitos muçulmanos significou um insulto por afirmar que a representação figurativa de seu profeta é proibida pelo Corão.
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Em relação à Holanda, os manifestantes criticam a anunciada estréia de um curta-metragem do deputado ultradireitista Geert Wilders. Com seu filme “Fitna” (palavra árabe que significa “caos”), ele quer transmitir a mensagem de que o Corão é um livro que incita a violência.