Milhares de palestinos participaram, nesta quinta-feira (23), do enterro de Mahmud Badran, abatido na última terça pelo Exército israelense, o qual admitiu ter disparado por erro contra o adolescente e seus primos.
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Em discurso à multidão, a mãe do garoto reivindicou justiça, antes de o cortejo fúnebre deixar a residência em Ur el-Tahta, perto de Ramallah (na Cisjordânia ocupada).
“Não foi um erro. Têm de prestar contas. A Justiça tem de tomar as rédeas disso”, disse a mãe à AFP.
“É uma injustiça. Todo o mundo tem de ouvir falar do meu filho, porque foi vítima de uma terrível injustiça, como todo o povo palestino”, acrescentou.
Mahmud Badran, de 15, voltava de um parque aquático com quatro primos, na madrugada de terça (21), quando seu carro foi alvejado pelo Exército israelense. Os demais ocupantes do veículo ficaram feridos.
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Em um primeiro momento, o Exército contou ter disparado contra jovens que jogavam pedras e coquetéis molotov contra veículos de israelenses que circulavam por uma estrada da Cisjordânia.
De manhã, porém, uma porta-voz do Exército disse à AFP que, “segundo os primeiros elementos da investigação, parece que pessoas alheias aos incidentes foram alcançadas por erro”.
Hoje, a porta-voz respondeu afirmativamente ao ser questionada sobre se essas suspeitas haviam-se confirmado e declarou que “a Polícia Militar abriu uma investigação”.
Os líderes palestinos denunciaram “um assassinato a sangue frio”, e a ONG israelense de defesa dos direitos humanos B’Tselem afirmou que Badran e seus primos foram alvo de “tiros intensos e injustificados”.
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