Que fim levou o sexo na cidade da moda, Milão? Longe das criações coladas ao corpo que deram aos estilistas italianos sua fama de sexy, as coleções outono-inverno 2010/2011 estão dirigidas às mulheres que querem se vestir como “damas”.
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Até mesmo Dolce&Gabbana, conhecidos por suas coleções vanguardistas e sexy, apresentaram um estilo mais discreto para o próximo inverno, dirigido a uma mulher jovem que antes de tudo quer estar bem vestida. Miuccia Prada qualificou sua coleção como sexy, mas se uma mera insinuação de pele sob as pregas de um vestido de lã parece algo tentador para a minimalista estilista, não se pode dizer que é algo exatamente audacioso.
A moda mostrada em Milão dá uma sensação retrô, com menos calças, saias mais soltas, pregas nas cinturas, tops de seda, ombreiras e jaquetas, e ternos bem cortados. O principal destaque é dado ao colo, com boleros em formato de corset ou costuras especiais nos vestidos para criar o mesmo efeito.
O patchwork, com retalhos de diferentes materiais, é a moda desta temporada e dá aos estilistas uma desculpa para voltar às peles, vetadas pelos ativistas dos direitos dos animais. Alguns estilistas, como Giorgio Armani, usam exclusivamente peles “ecológicas” em suas criações. Outra maneira de evitar o problema das peles é o uso de tecidos com estampas de bichos, tema recorrente nestas coleções.
Os dias dos saltos saltíssimos, que provocaram a queda de mais de uma modelo na passarela, parecem ter ficado no passado, substituídos por tamancos chineses ou saltos agulha característicos da década de 1950. Uma favorita é a botinha que cobre apenas o tornozelo.
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Uma última informação para as lojas: a bolsa rígida de couro com alça dura está de volta, assim como as bolsas sem alças de diferentes formatos e tamanhos.