Uma grande mobilização envolvendo Prefeitura, Governo do Estado e Federal, Exército, Marinha e Aeronáutica foi preparada para este sábado, dia 13, na Mobilização Nacional de Esclarecimento contra o Aedes aegypti. Pelo menos mil pessoas estarão nas ruas do Continente e da Ilha para fazer um verdadeiro pente fino nos imóveis localizados em áreas com infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

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Na Ilha, a ação será mais de conscientização e panfletagem. Já na área continental será feita fiscalização e limpeza de criadouros de larvas. A expectativa é de que entre 10 mil a 15 mil imóveis sejam visitados neste único dia nos bairros Rio Tavares, Campeche, Ribeirão, Tapera, Carianos, Ingleses, Rio Vermelho, Centro (Beira Mar), Capoeiras, Coloninha, Estreito, Jardim Atlântico, Canto, Balneário, Coqueiros, Abraão e Monte Cristo.

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Do Exército, estarão mobilizados 300 soldados, que terão reforço de 340 homens da Aeronáutica e 120 da Marinha. Além disso, estarão em campo os 75 agentes de combate a endemias, agentes comunitários de saúde e voluntários.

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Como o Continente é a região mais afetada por focos do mosquito, os esforços serão concentrados na fiscalização e limpeza dos imóveis, com eliminação das situações de risco. A ação terá apoio da Comcap.

Números

Embora não tenha registrado casos autóctones dessas doenças até o presente momento, Florianópolis encontra-se especialmente vulnerável, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo aumento de pessoas infectadas nos primeiros meses do ano (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão).

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Em Florianópolis, foram registrados 254 focos em 2015, sendo 83% na Região Continental. Em 2016 já foram identificados 42 focos, dos quais 41 estão no Continente. Foram confirmados sete casos de dengue em 2016, todos contraídos fora do município, e outros 117 estão em investigação.

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A Capital tem um caso confirmado de zika, também contraído fora, 17 em investigação, e outros nove sendo analisados para chikungunya.

– O histórico da dengue em todo o País nos mostra que o poder público, sozinho, não é capaz de afastar a epidemia. A população também é responsável por eliminar os focos do mosquito – afirma o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.

A capital catarinense segue sem registros de contaminação de dengue, zika ou chikungunya dentro do próprio território. Como Florianópolis não é área de transmissão dessas doenças, não se justifica nenhuma ação restritiva à gestação no momento. O município está atuando em uma grande sensibilização dos serviços de saúde para que identifiquem e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito, o que tem sido monitorado de perto pela Vigilância Epidemiológica.

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