A Polícia Civil do Paraná diz que há uma migração de criminosos entre os Estados do Sul responsáveis pela nova onda de ataques a bancos e a caixas eletrônicos. Apenas este ano foram pelo menos 19 ações em Santa Catarina.

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Na manhã desta quarta, uma quadrilha com forte armamento foi presa numa casa na região metropolitana de Curitiba e é suspeita de ter praticado explosão em Navegantes, no dia 9 de abril, em um equipamento da Caixa Econômica Federal localizado ao lado de um posto de combustíveis.

– Eles (criminosos) migram. Quando aperta a investigação de um lado, vão para o outro e agem quando tem oportunidade, isso dificulta a prisão – comentou o delegado Sivanei de Almeida Gomes, do Grupo Tigre, unidade de elite da Polícia Civil paranaense.

Ele assegurou que há troca de informações com a Polícia Civil catarinense para a captura dos bandos, como houve na prisão dos presos desta quarta. Eles são suspeitos de 11 ataques, sendo 10 no Paraná (região metropolitana e interior) e o de Navegantes.

Gás na invasão de “QG”

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A prisão dos assaltantes da chamada gangue da dinamite foi em uma casa que seria o “QG” da quadrilha e onde eram guardados os explosivos, as armas e a munição.

Cientes que o bando estava fortemente armado, o grupo Tigre estudou a ação, cercou o local e jogou gás lacrimogêneo dentro da casa, de manhã cedo. Os presos então decidiram se entregar e sair um a um rastejando.

– A ação era de extremo risco aos policiais e vizinhos pelo poder bélico da quadrilha, mas foi espetacular, sem nenhum tiro – afirmou em entrevista coletiva o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Julio dos Reis.

Foram apreendidos na casa um fuzil 556, uma metralhadora, três pistolas, oito coletes balísticos, 45 quilos de emulsão explosiva – que tem capacidade para explodir até 125 caixas eletrônicos – dois rolos de cordéis, além de três carros, sendo um importado. Dois presos eram foragidos da Justiça paranaense.

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Armas apreendidas no Paraná.

A investigação do ataque em Seara

O bando não tem ligação com o assalto ao Banco do Brasil em Seara, no Oeste catarinense, na terça-feira, que segue em investigação pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A suspeita é que três quadrilhas distintas estejam agindo no Estado e que uma delas possa ser do Paraná.

Segundo a Polícia Militar de Seara, buscas aos assaltantes continuam sendo feitas na região.