Mídias sociais influenciam consumo de produtos cosméticos no Brasil

O crescimento da indústria cosmética multiplicou as opções de produtos nas estantes das lojas. São tantos nomes, fragrâncias, cores e utilidades que ficou difícil experimentar tudo. E é através da internet que muitos consumidores buscam informações sobre as novidades do mercado da beleza antes de comprá- las.

Foi esse cenário que Cárlei Nunes Dellinghausen resolveu explorar em sua pesquisa de mestrado pela Universidade do Estado de Santa Catarina ( Udesc), que aborda o posicionamento de quatro marcas nacionais de perfumaria, higiene pessoal e cosméticos em relação às mídias sociais – sites onde há produção colaborativa de conteúdo.

Formada em Direito, ela participa, na próxima segunda- feira, dia 24, do Social Media Week, um dos mais importantes eventos internacionais sobre mídias sociais e que acontece simultaneamente em 13 cidades do mundo. No Brasil, as atividades serão realizadas em São Paulo.

A pesquisa foi baseada em um questionário aplicado a 110 blogueiras e blogueiros que publicavam sobre cosmético em suas páginas. Também foram utilizados cerca de 3,7 mil posts do microblog Twitter e outros 670 posts de blogues tradicionais.

Das quatro marcas pesquisadas, três aceitaram conversar sobre os dados da pesquisa e uma se recusou, alegando que não atuava em mídias sociais. Para ela, a resistência é normal, já que muitas formas de gestão ainda encontram dificuldades em aceitar as possibilidades da web.

– Algumas empresas têm receio de que as redes sociais sejam canais para gerar comentários negativos a respeito de seus produtos, o que é uma grande besteira, já que a competência e a qualidade não serão alteradas com a maior exposição da marca à resposta imediata do consumidor.

Cosméticos no Brasil

O país é o 3º maior mercado consumidor de cosméticos do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos e Japão. É líder absoluto em cosumo nas categorias de desodorantes, fragrâncias, protetores solares, coloração, condicionadores, permanentes/alisantes, sabonetes e cremes para o corpo. Só em 2011, o setor teve um faturamento de 43 bilhões de dólares, com um crescimento de 18% em relação a 2010.

fonte: Euromonitor / Abihpec, 2012