Os casos de coronavírus cresceram 33% na última semana em Santa Catarina, com a taxa de transmissão também acima de 10% em alguns municípios da Grande Florianópolis. O resultado das cenas de pessoas nas praias no feriadão, de acordo com o professor Lauro Mattei, professor de economia, coordenador do Núcleo de Estudos da Economia Catarinense (Necat) da UFSC e e Pesquisador do OPPA/CPDA/UFRRJ, serão vistos daqui 14 dias. Segundo ele, a taxa de crescimento semanal dos casos de covid-19 está acima da média na microrregião de Florianópolis.
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– A gente tem um dado que é a taxa de crescimento semanal dos casos e o outro dado é a média semanal móvel. Quando a gente vê a taxa de crescimento se mantém numa faixa de 3 a 3,5% no agregado geral do Estado. Quando você entra nas microrregiões se descobre que há uma diferença muito grande. A maioria se mantém numa taxa de 2,5 a 3%, mas a da Florianópolis mostrou uma taxa de 7,5%. Esse aumento sequencial tem um epicentro na microrregião de Florianópolis. Pela primeira vez a microrregião teve o maior número absoluto de casos, que até semana passada era Joinville.
A microrregião de Florianópolis tem nove municípios e quatro deles, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis respondem por 93% dos casos. São José apresentou uma taxa de crescimento de 11%, a explicação quer nós temos que estamos tendo uma aceleração na microrregião de Florianópolis que ajudou a reverter a tendência de queda que estava se consolidando em setembro
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As cenas de aglomeração no fim de semana, com pessoas em festas na beira da praia e sem seguir os protocólos, principalmente, serão vistas daqui a 14 dias. De acordo com o professor Lauro Mattei, não é momento de relaxamento em Santa Catarina, ainda mais com o aumento dos números de casos.
– O vírus continua seguindo, as pessoas continuam se contaminando, o número de testagem não é suficiente e as pessoas continuam morrendo. No momento que você tem uma tendência de queda e ela se reverte, alguma coisa não está funcionando adquadamente. Com isso nós vamos demorar muito mais tempo para sair dessa pandemia. Quanto mais a gente protelar essa coisa mais rígida, dura, de controle da doença, mais tempo vamos demorar pra sair – apontou em entrevista ao Notícia na Manhã desta terça-feira.
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É preciso repensar alguns estratégias tanto do ponto de vista a administração pública como a população é preciso não relaxar da forma como temos visto nas últimas semanas