O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, aceitou, nesta terça-feira (2), duas denúncias contra o ex-presidente Michel Temer no âmbito da Operação Descontaminação, braço da Lava-Jato no Rio. A investigação apura supostas propinas nas obras da usina de Angra III, da Eletronuclear.

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Além de Temer, o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco (MDB) e outros 10 também viraram réus.

As denúncias foram feitas pelo Ministério Público Federal na última sexta-feira (29) – uma por corrupção e lavagem de dinheiro e outra por peculato e lavagem de dinheiro.

Michel Temer chegou a ser preso, em São Paulo, no dia 21 de março, pela força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro, que investiga o caso. O ex-presidente ficou preso por quatro dias em uma sala da sede da Polícia Federal, no Centro do Rio. Além dele, o ex-ministro Moreira Franco no Rio e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, e mais sete acusados também foram detidos.

Nova denúncia

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Também nesta terça-feira, o MPF de São Paulo denunciou Temer e a filha dele, Maristela, por lavagem de dinheiro em reforma de uma casa em São Paulo.

A obra na residência da psicóloga Maristela Temer, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo, feita de 2013 a 2015, foi bancada pelo coronel da PM João Baptista Lima Filho, e pela mulher dele, Maria Rita Fratezi. A suspeita é de que o dinheiro teve origem em propina arrecadada pela empresa Argeplan, de Lima.

O caso chegou a ser mencionado como um dos motivos para a prisão preventiva de Temer, pela Lava-Jato no Rio, há duas semanas. Com a saída dele da Presidência da República, a apuração foi transferida para a Justiça Federal em São Paulo.