Louvando o deus cristão e adotando os preceitos bíblicos, o Stryper surgiu nos anos 1980 como o mais famoso opositor do sexo fácil, drogas e odes ao diabo, elementos eternamente atrelados ao rock. O disco To Hell With The Devil (86) é a obra seminal do que se convencionou chamar de white metal e a banda norte-americana segue na ativa, distribuindo bíblias aos devotos mundo afora.
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Seu vocalista é Michael Sweet, dono de um timbre marcante e que há tempos investe em uma carreira solo. Apesar da irregularidade dos seis registros anteriores, este One Sided War impressiona em todos os sentidos, a ponto de por no chinelo vários dos álbuns do próprio Stryper, simplesmente por ser, deliberadamente, o mais pesado de sua fase solo.
Como não poderia deixar de ser, o positivismo e a espiritualidade dão o tom às letras, características que, convenhamos, são bem-vindas em meio à cólera dos dias de hoje. Se a distorção inicial surpreende, tal sentimento permanece ao longo dos constantes riffs transbordando hard rock e metal clássico, tudo recheado pelas melodias que Sweet sempre explorou de forma eficaz.
A parceria com músicos do calibre do guitarrista Joel Hoekstra (Whitesnake, Night Ranger) e do baterista Joel Hoekstra (Evanescence) dá ainda mais credibilidade a um trabalho já matador por natureza. Michael Sweet finaliza 2016 com uma obra que não é motivo de orgulho porque este é um dos tais pecados capitais, mas certamente One Sided War encontrará pelo caminho a admiração dos adeptos das mais variadas vertentes da música pesada – salvo as hordas black metal, naturalmente. ImI
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