As autoridades sanitárias do México receberam com cautela nesta quarta-feira o relatório de um caso de zika transmitido por via sexual no estado vizinho do Texas, nos Estados Unidos.

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O México confirmou 37 casos de zika, que mantém em suspense vários países da América Latina por sua suposta ligação com casos de microcefalia.

“Temos que ter muita cautela com essa informação, é preciso aguardar mais evidências científicas (…) A transmissão sexual é pouco eficiente”, disse em coletiva de imprensa Cuitláhuac Ruiz, diretor de Epidemiologia da secretaria de Saúde.

Até agora, “a transmissão mais eficiente é através do mosquito”, reiterou o funcionário, referindo-se ao mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da dengue, da chikungunya e da febre amarela.

Cuitláhuac Ruiz lembrou que há anos o zika vírus presente no sêmen de um habitante do Tahiti foi isolado, mas a pesquisa não avançou.

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O México não registrou grávidas que estejam ou tenham tido zika, mas desenvolveu uma campanha midiática dirigida a elas para que se protejam com repelente e roupas que cubram a maior parte do corpo.

De acordo com dados do ministério da Saúde, no México são registrados em média de 70 a 80 casos de microcefalia e 600 da síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome neurológica que pode também estar relacionada ao zika e que consistem em flacidez temporária das extremidades.

Estas médias “não mudaram” desde que o vírus chegou ao continente americano há cerca de dois anos, disse na coletiva de imprensa a secretária de Saúde, Mercedes Juan.

O governo do México reforçou as campanhas para controlar a propagação do mosquito com fumigações sobretudo em estados do litoral, como Chiapas (sudeste), onde foram registrados 24 dos 34 casos de zika autóctones. Os outros três foram importados.

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