Os trabalhos de resgate prosseguem sem descanso na capital mexicana nesta quarta-feira (20), na esperança de resgatar com vida pessoas presas sob os escombros de uma escola, que ruiu com o violento terremoto da véspera, no qual morreram ao menos 233 pessoas.

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Em meio às ruínas da escola Rebsamen, onde morreram 21 crianças e cinco adultos, os socorristas conseguiram localizar com um escâner térmico uma menina e outras cinco crianças.

“Vi cinco crianças vivas, mas estão presas em uma teia de vergalhões”, disse à AFP um socorrista da Defesa Civil, que pediu para não ter o nome revelado.

“Será um trabalho delicado cortar os vergalhões sem machucar as crianças. Os aparelhos mostram que suas batidas cardíacas estão fracas”, advertiu o socorrista.

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Até agora, 11 crianças e pelo menos uma professora foram retirados com vida da escola que desabou.

Enrique García, outro socorrista da Defesa Civil, já havia revelado à AFP a presença de três ruídos em pontos distintos dos escombros. “Estão presos entre duas lages e a remoção é algo muito delicado, quase a cinzel”.

“Estamos muito, muito perto de pessoas que podem estar vivs, a recomendação é não ficar na residência”, advertiu Carlos Valdés, diretor do Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred).

As aulas foram suspensas até novo aviso, enquanto empresas e escritórios públicos trabalham com pessoal essencial.

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A energia elétrica foi quase toda restabelecida na Cidade do México, assim como nos estados vizinhos de Morelos e Puebla, onde também prosseguem os trabalhos de resgate.

– Solidariedade internacional –

Ao término da audiência geral desta quarta-feira no Vaticano, o papa Francisco manifestou sua solidariedade aos mexicanos.

“Neste momento de dor, quero manifestar minha proximidade e oração a toda querida população mexicana”, declarou Francisco, em espanhol.

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A União Europeia também expressou suas condolências e ofereceu ajuda de emergência.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou suas “condolências pela perda de vidas e danos” e ofereceu o envio de equipes de busca e resgate, “que estão sendo mobilizadas no momento”, informou a Casa Branca.

Na Assembleia Geral da ONU, o chanceler mexicano, Luis Videgaray, tomou a palavra para agradecer e para informar que a ajuda internacional está a caminho.

Chile e El Salvador enviaram os primeiros contingentes de socorristas.

O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países com maior atividade sísmica no mundo.

Em 7 de setembro, um terremoto de magnitude 8,1, o mais forte em um século no México, deixou 96 mortos e mais de 200 feridos no sul do país, especialmente nos estados de Oaxaca e Chiapas.

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Em 19 de setembro de 1985, a capital ficou parcialmente destruída por um terremoto de 8,1 graus que deixou mais de 10.000 mortos.

* AFP