Forças federais do México anunciaram a detenção de Nicolás Nájera Salgado, líder do cartel Guerreros Unidos desde 2014, supostamente envolvido no desaparecimento de 43 estudantes de Ayotzinapa, em setembro de 2014.
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“Linhas de investigação permitiram descobrir que Nájera Salgado está supostamente relacionado com a produção e tráfico de drogas para os Estados Unidos”, anunciou a Secretaria de Governo em um comunicado. “Além disso, presume-se que esse sujeito esteja vinculado aos fatos de 26 e 27 de setembro de 2014”, completa a nota, em referência ao desaparecimento de 43 estudantes em Iguala, em Guerrero, no sul do México.
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Nájera Salgado foi detido por “crime organizado” em Coajomulco, município de Huitzilac, no estado de Morelos, vizinho de Guerrero.
O caso foi enviado à Procuradoria Geral, que em uma investigação determinou que no dia 26 de setembro de 2014 os jovens estudantes foram atacados por policiais municipais de Iguala e da vizinha Cocula, que os entregaram ao cartel Guerreros Unidos.
Os estudantes foram confundidos com integrantes de um cartel inimigo. Os narcotraficantes assassinaram os jovens e queimaram seus corpos em um aterro sanitário, segundo a versão oficial.
Em 17 de outubro de 2014, a promotoria anunciou a prisão de Sidronio Casarrubias, líder do Guerreros Unidos no momento do ataque aos estudantes.
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Um ano depois, foi detido Gildardo López Astudillo, apontado como o homem que identificou os jovens como membros do cartel rival Los Rojos.
A prisão de Nájera Salgado aconteceu um dia depois de o grupo de especialistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos enviado para investigar o caso dos 43 estudantes ter denunciado “obstruções” do governo e supostos casos de tortura contra ao menos 17 dos 123 detidos acusados por esse crime.