Os maiores partidos opositores de México, o conservador PAN e o esquerdista PRD, acordaram nesta terça-feira formar uma aliança para as eleições gerais de 2018, buscando derrotar o PRI, o partido do governo, e Andrés Manuel Lopez Obrador, que lidera as pesquisas antecipadas.

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Os líderes do Partido Ação Nacional (PAN), Ricardo Anaya, e da Revolução Democrática (PRD), Alejandra Barrales, foram ao Instituto Nacional Eleitoral para registrar o denominado Frente Ampla. Uma iniciativa à qual também se somou o minoritário Movimento Cidadão (esquerda).

“Aos milhões de mexicanos que estão fartos do PRI corrupto e ineficaz, hoje lhes dizemos que um México novo é, sim, possível, hoje dizemos a vocês que o Frente está aí”, disse Anaya em ato público.

“Não nos unimos somente para ganhar uma eleição, nos unimos para construir um governo de coalizão onde os projetos de desenvolvimento contem com uma base verdadeiramente ampla”, explicou Barrales.

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O Frente Ampla do PAN e do PRD, segunda e terceira forças políticas respectivamente, busca primordialmente derrotar na presidência o ex-hegemônico Partido Revolucionário Institucional (PRI). Sua aliança já conseguiu ganhar estados governados historicamente pelo PRI.

O PRI governou o México durante sete décadas até ser derrotado em 2000 pelo conservador PAN, mas em 2012 recuperou a presidência com Enrique Peña Nieto.

O Frente Ampla também tem como alvo o líder esquerdista López Obrador, que com seu Movimento de Regeneração Nacional (Morena) busca ser candidato pela terceira vez depois de se apresentar em 2006 e 2012 com o PRD, partido com o qual rompeu e que rejeita para uma eventual aliança.

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Lopez Obrador, cujos críticos o comparam ao venezuelano Nicolás Maduro, acusando-o de tendências autoritárias, lidera atualmente as pesquisas presidenciais.

O PRI, entretanto, foi atingido por escândalos de corrupção e um crescimento da violência.

A solidez da Frente Ampla será testada no momento de eleger um candidato comum à presidência, pois ambos têm políticos com declaradas aspirações e enfrentam turbulências internas.

Anaya é acusado por seus críticos dentro do PAN de utilizar sua posição de líder nacional para aproveita-se da candidatura presidencial, enquanto o PRD sofre uma fuga de militantes para Morena.

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Nas eleições federais de 1º de julho de 2018 será eleito o presidente, renovados 500 assentos da Câmara dos Deputados e 128 do Senado. Também haverá eleição para governadores e prefeitos.

* AFP