A chancelaria mexicana concedeu nesta sexta-feira a extradição aos Estados Unidos do chefe do tráfico Joaquín “Chapo” Guzmán, líder do poderoso cartel de Sinaloa, demandado por tribunais do Texas e da Califórnia, informou a entidade.
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Os advogados do traficante foram notificados “dos acordos pelos quais o governo do México concede sua extradição internacional ao governo dos Estados Unidos da América para ser processado”, indicou a chancelaria em um comunicado.
A entidade informou que o governo americano ofereceu garantias para impedir que Gúzman receba a pena de morte, pois as leis mexicanas não preveem esta sentença.
Washington cumpriu com os requisitos previstos no tratado de extradição para efetuar o envio do prisioneiro, indicou a chancelaria.
El Chapo, que era o narcotraficante mais procurado do mundo e que fugiu duas vezes de prisões de segurança máxima, é demandado por um tribunal do Texas por homicídio, narcotráfico, crime organizado, posse de armas e lavagem de dinheiro, enquanto na Califórnia é acusado de importar e distribuir cocaína.
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José Refugio Rodríguez, advogado de Guzmán, disse à Milenio Televisión que a defesa vai “promover o julgamento de amparo contra a resolução de extradição”, que conta com um prazo de 30 dias úteis.
“Joaquín não pode ser colocado a disposição da embaixada dos Estados Unidos enquanto não terminar este prazo”, apontou Rodríguez, que recorrerá à Suprema Corte de Justiça.
O chefe do tráfico foi trasladado inesperadamente há duas semanas para uma prisão em Ciudad Juárez, fronteira com os Estados Unidos, de Altiplano, uma prisão de segurança máxima, a 90 km da capital mexicana, para onde voltou em janeiro.
Guzmán foi trasladado à Ciudad Juárez em uma grande operação de segurança, horas depois que um juiz federal emitiu uma sentença favorável à extradição depois de um pedido da corte da Califórnia.
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