O governo mexicano avalia a extradição de Joaquín “El Chapo” Guzmán ou se o faz cumprir sua pena na prisão mexicana. Enquanto isso, a defesa prepara uma estratégia “muito dura” para evitar que ele seja transferido para os Estados Unidos.

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“O México avalia todas as opções permitidas pelo marco legal, e entre essas opções estão os pedidos de extradição e os processos que ele deve enfrentar aqui. A lei que determinará o que acontecerá”, disse neste sábado à AFP uma fonte do governo federal.

Um advogado de Guzmán alertou que dará início a uma estratégia para evitar a extradição aos Estados Unidos, onde é acusado por narcotráfico em doze estados.

“Começa, claro, uma contenda jurídica no foro constitucional que será severa, muito dura”, disse Juan Pablo Badillo, um dos seis advogados de capo.

O advogado, que falou com a imprensa fora do presídio, onde não pôde ver seu cliente, mencionou, sem especificar, sete amparos jurídicos para evitar sua extradição e execução extrajudicial, entre outras coisas.

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A defesa advertiu que chegará à Suprema Corte de Justiça do México para que ela intervenha no caso do traficante mais procurado do mundo.

“Ele não deve ser extraditado porque no México há uma Constituição justa”, ressaltou o advogado.

Guzmán foi recapturado na sexta-feira em uma estrada de Los Mochis, de sua natal Sinaloa (noroeste), depois de tentar fugir pelo sistema de drenagem da cidade.

* AFP