Após anunciar oficialmente o lançamento da 5ª Semana Guga Kuerten, na quinta-feira, no Hotel Il Campanario, em Jurerê Internacional, Gustavo Kuerten bateu um papo com o Diário Catarinense. Entre outras coisas, revelou que pretende lançar até o final do ano um livro que trará momentos marcantes de sua carreira, mas desconhecidos do grande público. Segundo o próprio Guga, os leitores terão uma “imersão” em sua história de vida e entenderão um pouco melhor sua personalidade.
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Guga definitivamente vive uma nova fase em sua vida. Mais maduro, por onde anda, divide as atenções com a pequena Maria Augusta, de três anos. A filha não dá moleza, inclusive chegou a interromper o discurso de Guga para dar um beijo no pai. Como o tricampeão de Roland Garros costuma dizer, a família está acima de tudo. E é justamente por isso que ele usa a Semana Guga Kuerten para promover os belos valores que aprendeu com a mãe, dona Alice, e passa para as próximas gerações.
Confira a entrevista:
Diário Catarinense – O crescimento da Semana Guga Kuerten, que chega à quinta edição, representa também o seu crescimento como um agente social?
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Gustavo Kuerten – Eu vejo que é similar ao momento que eu vivo, com uma condição mais favorável para refletir, pensar a respeito do impacto que as nossas ações podem causar. Fico lisonjeado e entusiasmado em ouvir o que as pessoas pensam sobre o evento. E o reflexo é evidente, as pessoas que passam pela Semana se sentem tocadas, contagiadas.
DC – E você também parece se contagiar por essa atmosfera…
Guga – Para mim, é um retorno de energia que me traz motivação e renovação. Sempre penso em me reinventar e pensar no que consigo fazer para deixar as pessoas ainda mais felizes e satisfeitas com o evento. O meu objetivo é retribuir tudo o que conquistei ao meu país e às pessoas. E que, de certa forma, facilite novas trajetórias vitoriosas.
DC – Você está trabalhando em um livro. Como surgiu essa ideia?
Guga – É um projeto que vem sendo elaborado há uns oito meses, e que agora está com a produção bem avançada. É uma imersão na minha história. Eu tenho um orgulho especial por ter vivido tudo isso, e pela forma como aconteceu, por todos os obstáculos, e pretendo colocar no papel, uma plataforma nova para mim. O livro traz um lado mais humano do tênis e do Guga. Acredito que até o final do ano já tenha algo para mostrar. Mas ainda tenho muitas histórias na cabeça.
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DC – O que os leitores podem esperar de novidade?
Guga – Eles vão conhecer melhor a minha história, minhas experiências, principalmente o período anterior a 1997 (ano do primeiro título de Roland Garros), que ainda é meio nebuloso para o grande público.
DC – Dá para falar alguma história que te marcou e que poucos conhecem?
Guga – Uma delas, inclusive, diz respeito a vocês, do Diário Catarinense. Muito antes de vencer Roland Garros, o jornalista Olavo Moraes já acompanhava minha carreira de perto, era um dos únicos. Eu viajava para os torneios e ligava para ele para informar os resultados. Às vezes até inventava que tinha gente de fora jogando para chamar mais atenção (risos). Histórias curiosas como essa devem estar no livro.