O prefácio foi a pré-temporada, mas agora é a hora de a trama iniciar para valer. No primeiro capítulo de uma série com (no mínimo) 18, o Metropolitano vai enfrentar o Avaí no Estádio da Ressacada e começa a escrever o livro do retorno à Série A do Campeonato Catarinense. O objetivo, claro, é de que o enredo para 2019 não tenha os mesmos ares dramáticos de dois anos atrás, quando o clube foi rebaixado à Segunda Divisão. Para isso, o Verdão aposta na manutenção da base campeã em 2018 para surpreender – cinco jogadores no provável time titular estavam no grupo que conseguiu o acesso.
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O início desse livro do Estadual, porém, já começa com obstáculo. Ou melhor: obstáculos, no plural. Além de precisar encarar o Leão da Ilha logo no primeiro jogo, o Metropolitano ainda terá de enfrentar a Chapecoense na segunda rodada, quando estreia em casa. São dois Davis diferentes contra um único Golias logo no início dessa metáfora literária do Campeonato Catarinense. Mas pensando um passo de cada vez, o primeiro dos duelos ocorre nesta quinta-feira, às 21h, na Capital.
Com o acesso conquistado para a Série A do Brasileirão, o Avaí vai a campo empolgado. O Metrô, é claro, também chega feliz pelo retorno à elite do futebol catarinense, mas as proporções, convenhamos, são bem diferentes. Para tentar surpreender nessa primeira partida, o clube blumenauense aposta na formação do time com três volantes. Isso significa uma formação retranqueira? Não necessariamente. Com liberdade para Michel Schmöller no meio-campo, o Metropolitano terá três atletas com características ofensivas: Bruninho e Ari Moura, atuando pelos lados do campo, e Mariano Trípodi como referência ofensiva.
– Espero que o Campeonato Catarinense seja tal como na Série B do ano passado, com a gente podendo dar alegria para o torcedor do Metropolitano. Foi montada uma equipe boa, com experiência. A primeira divisão do Catarinense é uma competição difícil. Temos que estar atentos desde o início da competição – avalia Bruninho.
Nos três últimos jogos-treinos antes do início do Estadual, o Metropolitano empatou com o Sub-23 do Athletico-PR em 0 a 0, venceu o Jaraguá por 5 a 0 e perdeu para o Brusque por 1 a 0. Na avaliação do zagueiro Café, recém-contratado e que veio do Comercial-SP, essas partidas deram consistência para o grupo:
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– Fizemos bons amistosos, o time começou a ganhar uma cara e conseguimos entrosar, principalmente com a chegada dos reforços.
O elenco do Metropolitano sofreu com pelo menos duas lesões durante a pré-temporada: a do meio-campo Ângelo, e do zagueiro Romário Leiria. Essa última foi a que mais impactou para a comissão técnica. Isso porque o técnico Mabília tinha a intenção de utilizá-lo como titular, ao lado de Café. Sem essa opção, o treinador terá de optar pelo jovem Clau, de apenas 19 anos, como camisa 3.
Fato é que o primeiro capítulo no Campeonato Catarinense não vai indicar qual será a história toda. Na escrita desses primeiros parágrafos, o objetivo é de que a primeira parte da trama tenha um final feliz. E mais do que isso: fazer com que o fim desse livro seja como em um romance clichê, com final feliz e alegria para os protagonistas. Diferente do que foi em 2017, quando o enredo teve tantos altos e baixos que (lá vem spoiler) mais parecia uma releitura de Dom Casmurro.
Ficha técnica:
AVAÍ
Lucas Frigeri; Alex Silva, Betão, Marquinhos Silva e Igor Fernandes; Matheus Barbosa e Pedro Castro; Getúlio, João Paulo e Jones Carioca; Daniel Amorim. Técnico: Geninho.
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METROPOLITANO
Igor Koehler; Paulinho, Clau, Café e Jefinho; Leandro Melo, Negueba, Michel Schmöller, Ari Moura e Bruninho; Trípodi. Técnico: Marcelo Mabília.
Quinta-feira, às 21h
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis. Arbitragem: Charly Wendy Straub Deretti, auxiliada por Eli Alves e Diogo Berndt.